27 de outubro de 2022

Câmara de Barreiras realiza Tribuna Popular sobre as ações das entidades agrícolas Aiba e Abapa no Oeste da Bahia

Uma sessão especial na última quarta-feira (21), no plenário da Câmara Municipal de Barreiras, serviu de ambiente favorável à realização da Tribuna Popular durante a qual foram apresentadas, incialmente e com detalhes, as ações da AIBA – Associação de Agricultores e Irrigantes no Oeste da Bahia.

A exposição sobre a AIBA foi protagonizada pelo presidente e economista Odacil Ranzi, que compartilhou o espaço público com membros da atual diretoria e, de maneira especial, com Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).

Em sua fala de abertura da sessão especial, o presidente Otoniel Teixeira (PSD) destacou a importância da temática agrícola escolhida para a realização dessa Tribuna Popular, expressando reciprocidade quanto à proposição feita pelo vereador e 1º secretário Alcione Rodrigues (União Brasil).

O presidente do Legislativo Barreirense também se dirigiu aos diretores e colaboradores da AIBA e ABAPA – alguns presentes na galeria e outros como parte da audiência da Rede Câmara de Barreiras – para prestigiá-los enquanto profissionais corresponsáveis pelo crescimento da agricultura em nossa região, os quais têm sido motivados por novidades e ações convergentes com o desenvolvimento sustentável em um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira.

Esse dinamismo econômico serviu para destacar o avanço do agronegócio do Oeste da Bahia, conforme detalhamento feito pelo economista Odacil Ranzi, em cuja exposição foram entrelaçados os quatro pilares da AIBA: infraestrutura e logística, segurança, sustentabilidade, inovação, pesquisa e tecnologia.

Além de um criterioso panorama sobre os qualificados parceiros e as atividades realizadas pela AIBA, Odacil foi categórico ao eleger a sustentabilidade como elemento propulsor da entidade agrícola. Para tanto, ele destacou um projeto de sucesso, em parceria com a ABAPA, ligado à segurança hídrica de recuperação de nascentes. Enquanto prática socioambiental, o projeto correspondeu à identificação de mais de 220 nascentes, tendo por resultado a recuperação de mais de 60 nascedouros, sendo credenciado a fazer parte de uma seleção promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Em 2021 foi escolhido como o melhor projeto da Bahia.

Foto: Ascom Aiba

Outros setores da AIBA foram destacados pelo representante da entidade associativa, a exemplo das visitas recorrentes às comunidades, atividades de inovação e pesquisa, soluções de logística regional em infraestrutura, pavimentação asfáltica e  recuperação de estradas, além da ampliação das áreas plantadas e iniciativas concretas de combate às queimadas florestais.

Em seguida, emergiram explicações significativas sobre o Fundesis – Fundo para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia. Trata-se de investimento da AIBA em responsabilidade social, com 15 anos de existência, e hoje conta com 44 projetos em execução. Para ter acesso aos benefícios do Fundesis, as instituições precisam seguir os critérios publicados em editais, pois são recursos que os produtores rurais institucionalmente destinam à promoção de melhorias nos atendimentos de públicos vulneráveis. Também foram apresentados dados do evento “Bahia Farm Show”, com ênfase nos negócios realizados na retomada da feira este ano, assim como lançado o convite para a 17ª edição programada para acontecer em junho de 2023.

Parceria com a Abapa – Durante a sessão especial, o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, foi convidado pelo colega Odacil Ranzi a compartilhar a tribuna do Poder Legislativo, de maneira a corroborar a integração do setor produtivo local-regional. Ele lançou mão de antecedentes históricos, fazendo um recorte para os impactos negativos de uma praga do algodoeiro denominada “bicudo”, sendo esta responsável por praticamente dizimar a referida cultura e inverter a lógica nacional de grande produtor de algodão no passado para a de importador, precisamente no final dos anos 1980.  Após uma iniciativa técnico-científica, esta cultura se torna realidade no cerrado baiano, no final dos anos 1990, servindo inclusive de alternativa às demais culturais já implantadas na Região. Atualmente, a Bahia ocupa a 2ª colocação no ranking nacional de cultivo e melhoramentos da fibra do algodão.

Foto: Ascom Aiba

ASCOM/CMB